No último final de semana, um aplicativo que bombou em meados de 2019 voltou a fazer sucesso no Twitter. O Faceapp ficou conhecido na internet por fazer mudar feições, gênero e idades a partir de fotos dos seus usuários. O sucesso repentino do aplicativo em 2019 levantou questionamentos sobre a sua política de privacidade, acusada de não ser específica quanto à coleta de dados e deixar lacunas.
O retorno do aplicativo gerou, portanto, novas discussões na internet sobre os supostos problemas do aplicativo: um termo de privacidade genérico e a origem “duvidosa” do seu fabricante, uma empresa russa chamada Wireless Lab.
O aplicativo, por sua vez, informou que a sua política de privacidade foi atualizada em dezembro de 2019, após ter sido multado pelo PROCON – SP. No novo documento disponível no app, o usuário é informado sob a coleta e utilização das suas informações. Dentre as informações recolhidas, estão os dados das redes sociais utilizadas como forma de login, dados do aparelho, bem como, histórico de compras dos usuários que optam pela sua versão Premium.
No entanto, quanto aos dados sensíveis dos usuários, ou seja, suas fotografias, a política de privacidade Faceapp afirma utilizar apenas a imagem autorizada pelo usuário e, após, aplicar criptografia em seu armazenamento, com chave armazenada no próprio dispositivo. Após um período limitado de 24 à 48 horas essas imagens são deletadas dos seus provedores em nuvem, o Google Cloud Platform e o Amazon Web Services.
Segundo o Faceapp, os dados coletados e armazenados são utilizados, primeiramente, para funcionamento do aplicativo, mas também para direcionamento de publicidade, podendo ser compartilhados com afiliados e outros provedores de serviços quando anonimizados.
A empresa garante não divulgar vídeos ou imagens dos usuários a terceiros, mas outras informações podem ser cedidas, assim como poderão ser transferidas ou compartilhadas caso a empresa seja comprada por outra empresa ou venha a falência.
Em adequação às demandas de proteção à privacidade dos seus usuários e do PROCON – SP, o Faceapp incluiu em seu termo de uso a possibilidade de exclusão dos dados no suporte do aplicativo entre 24h à 48h após a solicitação.
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