Cresce procura no mercado para técnicos em cibersegurança

Déficit global chega a 4 milhões apesar dos 2,8 milhões de profissionais já empregados em dez países

 

Em razão da pandemia do coronavírus e da adoção do trabalho remoto por muitos profissionais, cresceu a demanda das empresas por profissionais de tecnologia e segurança como medida para se precaverem de ataques virtuais. Em reportagem publicada pelo Valor Econômico em 11 de maio de 2020, profissionais de recrutamento e seleção, fornecedores de TI e startups relataram que há uma corrida para encontrar talentos no setor que, no entanto, já vem, desde antes da pandemia, sofrendo com a falta de profissionais qualificados no mundo todo. 

 

Segundo o Cybersecurity Workforce Study, relatório divulgado pelo (ISC) em novembro de 2019, as regiões com maiores déficits de profissionais são a Ásia e o Pacífico (2,6 milhões), seguidas pela América Latina (600 mil). O setor atualmente emprega 2,8 milhões de pessoas, mas a força de trabalho ainda precisa crescer 145% para atender a demanda mundial, totalizando a necessidade de mais 4 milhões de profissionais. 

 

Os principais setores a empregarem na área são os da tecnologia da informação, serviços financeiros e setor público. Em 2019, o Brasil tinha 486 mil empregados atuando no ramo e a perspectiva é de crescimento nos próximos anos, seguindo a tendência global de incentivo à proteção da privacidade e aos dados pessoais. O país está apenas atrás dos Estados Unidos que emprega 805 mil profissionais na área. 

 

Em matéria publicada no blog de noticiais da CIAB FEBRABAN, Julia Miquiline, especialista em segurança, inteligência e cyber defense, afirmou que o mercado também é uma boa oportunidade para o ingresso de mulheres, que representam, em média, 24% da força de trabalho em cibersegurança do mundo. Inclusive, a maior porcentagem de mulheres no segmento está na América Latina, seguida, novamente, pela América do Norte. 

 

Utilizando como base o Cybersecurity Workforce Study, também citado pelo Valor Econômico, a especialista afirmou que, embora os homens superem as mulheres em número de profissionais na área de segurança cibernética, as posições de liderança, com níveis elevados de educação e formação complementar são ocupadas, em sua maioria, por mulheres. Para ela, apesar dos estigmas de que as áreas de exatas, matemática, tecnologia e programação não são áreas para as mulheres, são as profissionais do sexo feminino que buscam maiores qualificações, pois, enquanto 44% dos homens que atuam na área de cibersegurança têm pós-graduação, o percentual de mulheres é de 58%.

 

Fontes: Valor Econômico(ISC)²FEBRABAN.

 

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